Experimente desligar a TV, tirar a gravata, vestir uma fantasia de princesa, levar a sério uma criança. Pronto. Sua “adulteza” já virou infância.
De perolice em perolice o mundo vai ficando mais redondo, colorido, mais cheio de graça e encanto.
– Mamãe, por que que dicionário chama dicionário? Devia se chamar livro da sabedoria.
………………………………………………………
– Mãe, eu já falei que não gosto de pimentão.
– Ô, filha, pimentão é tão gostoso. E olha só como faz a farofa ficar mais bonita.
– Eu adoro farofa, mas sem pimentão.
– Tadinho do pimentão, Bella. Ele vai ver todo mundo ir pra festa da barriga – o arroz, o feijão, a carne, o tomate… Só ele vai ficar de fora?
– Tadinho nada, mãe. Pimentão não é gente!…
……………………………………………………….
– Mãe, sabia que tem uma lenda sobre as mães que ficam muito bravas? Elas viram monstro.
– É mesmo, Bella? Onde você aprendeu essa lenda?
– Na escola, ué.
– Você acha que eu sou muito brava, filha?
– Não… E é melhor você não ficar, viu?
…………………………………………………………
– Bella, o telefone tá tocando!
– Ah, pai, tô com preguiça de atender…
– Deve ser o seu avô. Eu, se tivesse um avô ia atender. Mas o meu tá lá no céu, e lá não tem telefone não…
– Tem sim!
– Tem?!
– Tem, a gente liga pelo coração!
…………………………………………………………
– Mãe, às vezes eu não consigo parar de pensar! Minha cabeça parece uma banda de rock. (!)
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