Trabalho

Fada dos Dentes

09 April, 2023

Aposto que você já dormiu no sofá vendo TV. Ou no cinema, um desperdício. Lendo na cama, 90 por cento de chance. Sala de aula? Quem nunca?

Pois eu já dormi de boca aberta. Na cadeira do dentista, acredita?! Ou melhor, da dentista: da fofa, linda, cativante, competente Dra. Júlia Garrides, preciso lhe apresentar.

Cheguei ao consultório dela encaminhada por outra dentista pra lá de especial que me acompanha há mais de 30 anos: Dra. Flávia Almeida, Fada dos Dentes titular. Cheguei logo depois de viver uma infeliz experiência como paciente, dessa vez da área médica, em um hospital. O caso envolveu um profundo descaso, compartilhei no post anterior.

Vida que segue, sigo acreditando no ditado: “Depois da tempestade vem a bonança”. A vida foi generosa comigo e me compensou com uma Dra. Júlia no meu caminho: muito mais que competente e técnica. Muito mais que Cirurgiã-Dentista especialista em Ortodontia e Ortopedia Dento-Facial com foco em Odontologia Restauradora. Uma Júlia Humana. Acolhedora. Cuidadosa. Atenta. E com um brilho nos olhos que sorriam pra mim por cima da máscara de proteção.

Fui lá para cuidar de um desgaste e sensibilidade nos dentes e encontrei uma dentista cheia de sensibilidade e encanto. Que já na primeira mensagem de WhatsApp terminou dizendo: “Obrigada pela oportunidade de cuidar de você”; que deixa na sala de espera livros de reflexões como “Minutos de Sabedoria”; que me anestesiava ao som de mantras melodiosos ao saber que eu ia para as consultas direto da aula de ioga; que pedia à “Alexa” para tocar as novidades da MPB depois de me perguntar qual o meu estilo favorito.

Quanta luz. Quanto cuidado, harmonia, leveza, sintonia. Quanto amor encontrei ali.

Nunca tive medo de dentista. Mas também nunca fui fã daquele cheirinho característico e do ruído da broca, acredito que você também. Pois lá no consultório da Júlia o cheirinho era de aromatizador de ambiente e a música cobria o barulho do motorzinho. A cadeira obviamente descia, o pescoço ganhava um pequeno travesseiro para se acomodar, os óculos de proteção cerravam meus olhos. Como num passe de mágica.

Ando suspeitando que algum daqueles instrumentos odontológicos era uma varinha de condão. Eu ia lá para relaxar, quem diria. E ainda saía com o sorriso mais bonito.

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