Palavras abraçam. Aproximam. Acolhem. Fazem do silêncio ponte, do coração tradução, da dor um caminho.

Renata Feldman faz das palavras matéria-prima. Seu trabalho é feito de escuta, acolhida, interação, escrita.

Seja no refúgio da psicologia clínica, nos livros publicados ou posts aqui do blog, palavra é preciosidade.

Entre, aconchegue-se e fique à vontade. É uma alegria dividir este espaço com você.

Flor decorativa
Filhos

De colo em colo

20 February, 2010

Quando era criança, minha mãe gostava de me levar a peças de teatro, e acabei repassando este hábito delicioso para os meus filhos.
Há uns quatro anos assisti com o Léo a peça “Jojô e Palito em: Chapeuzinho Vermelho”, e hoje repeti a dose com a Bella, que foi entusiasmada pelo caminho cantando “Pela estrada afora, eu vou…”.
Gostosa a sensação de assentar na primeira fila com a pituquinha no colo, dividindo com ela a pipoca, o pirulito e o brilho nos olhos.
Interessante ver uma Chapeuzinho mais bonita, um lobo mau já com alguns furos no macacão, a vovozinha cheia de energia e as mesmas músicas que escuto até hoje no CD que adquiri na época.
Impossível não constatar a passagem do tempo, a maternidade estendida, o reviver de uma fase que o Léo já não vive mais: seus olhos agora brilham pelo Galo, pelo lego, Star Wars…
Olho pra trás e me vejo, menina, no colo da minha mãe, fascinada pelos personagens à minha frente.  Hoje é o meu colo que acolhe o tempo, a memória, a alegria de viver e reviver a fantasia que um dia encheu de sentido a minha infância.

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