É assim: escondo uma pista no vaso de flor e vou dando dicas pro Léo: “tá frio… tá quente!…”
Quando ele abre o papel, lê algo do tipo: “Para achar a 2ª pista, vá até o banheiro. Dica: xixi.”
Aí ele vai até o banheiro, abre o penico da irmã e encontra a 2ª pista. Abre o papelzinho e mais uma instrução, dessa vez que ele terá que dar 7 passos em direção à sala de jantar. Dica: banana, e lá vai ele procurar por mais uma pista na fruteira. Abre o papel e lê em voz alta, letra por letra, em puro processo de alfabetização, a última pista: “para achar o tesouro, vá até a cozinha. Dica: frio!”. E lá vai ele, esse meu menino ávido por abrir a geladeira e encontrar, feliz da vida um novo carrinho da “Hot Wheels”.
Brincando brincando, ele caça as letras para achar o seu tesouro. Mergulha nas vogais, consoantes, desbrava frases e sonhos. Brincando brincando, eu entro no mundo dele e aprendo a ler nos seus olhos a alegria de fazer essa linda travessia.
PS: Essa brincadeira eu aprendi com a minha mãe, ícone de amor na minha vida, também apaixonada pelo mundo das letras, que na Páscoa costumava esconder meu ovo dentro da máquina de lavar.
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