Ah, os namorados.
Lá vem eles abraçados, exalando perfume entre beijos,
sussuros e luas, tocando música com os olhos.
Conversa pra mais de horas, sintonia rimando alegria,
velas acesas no escuro.
Ouvi dizer que estão em falta.
Dizem as más línguas que falta beijo de verdade,
abraço amassado, telefone tocando no dia seguinte.
(…)
Tum, tum, tum.
O amor está ocupado, só pode.
Liga a tia, o chefe, o vizinho.
O namorado nem sinal.
Desculpa, foi engano.
Efemeridade de amor que dura pouco,
só até o fim da festa.
Na balada tudo pode, o prazer sacode,
proibida entrada do vínculo.
Amar virou piegas, deve ser.
Compromisso é bicho pré-histórico.
Não me canso de ouvir:
“Onde foi parar minha alma gêmea?”
“Cadê a metade da laranja,
por que só me aparece abacaxi?”
Xi.
Bota o perfume, vai olhar a lua, dá uma voltinha na rua.
Se o amor anda escasso, gruda na esperança.
Vai viver a bonança de se apaixonar pela vida,
pela grande sina, por você mesmo.
Depois por quem chegar.
Anonymous says
Lindoo!! Fiquei até emocionada pq sei que tem um pedacinho meu aí.. hahaha..
Por isso e por outros mais que agora eu não penso tanto..
apenas acredito na força do meu querer!!
Beijos,
Paulinha
Renata Feldman says
O seu querer tem força e beleza, Paulinha querida!
Com certeza tem um pedacinho lindo seu aqui!
Muitos beijos!
Margaret Cortez says
Namoro há 38 anos com meu marido …e posso dizer que é sempre mto bom cultivar o amor seja a moda antiga ( que eu nem acho …) , seja na moda atual …o importante é cultivar sempre ! Lindo texto !
Renata Feldman says
Lindeza de amor cultivado há tanto tempo, Margaret!… Sábio e privilegiado é o casal que preserva o namoro no casamento, a despeito do tempo, da convivência diária, das contas a pagar, dos conflitos e diferenças…. Feliz Dia dos Namorados para vocês!
Sandra Lemos Santos says
O amor descoberto deve ser cultivado com paciência, respeito , tolerância e muita sabedoria!!! Valeu mais uma vez Renata pelo belo texto!!! Afinal, para encontrar um amor é necessário amar a nós mesmos.
Renata Feldman says
A grandeza do primeiro amor, Sandra, este amor dirigido a nós mesmos. É ele que rege e sustenta a lindeza da relação com o outro.
Beijos, querida!