Aí um dia você acorda e descobre que não é nada daquilo que você quer. A cama, o bom dia, o dia. As escolhas, os sabores, o cartão de ponto. Aquela mulher, aquele patrão, aquela sua velha mania de procurar explicação em tudo.
E aí você arruma a mala, pega a bússola, monta na bicicleta e sai por aí, sem rumo nem prumo, sem fome ou hora de chegar.
Joga os remédios fora. Não lê o horóscopo. Rabisca um bilhete na geladeira.
Uns dizem que você é radical. Outros te chamam de louco. Mais um pouco inventam uma patologia que te enquadre nessa sua decisão impulsiva (ou há muito tempo pensada, quem sabe) de jogar tudo pro alto e ir vender sanduíche na praia. Ou armar barracas na lua. Ou assumir que é perua. Ou casar com um japonês. Pintar quadros como Picasso, talvez. Ou sair correndo daqui, deste blog que hoje amanheceu doidinho.
Humberto says
Querida Renata, por acaso você leu meus pensamentos? rs
De “doidinho” o texto não tem nada. Apenas a verdade que muitos insistem em não mostrar ou admitir.
Se isso é loucura, então prefiro ser louco.
Luciano_R_Gallo says
Me levantar todos os dias à mesma hora, fazer sempre a mesma coisa, ir com meu carro para o trabalho sempre pelo mesmo trajeto, ouvir as mesmas músicas.
Nessa correria que vivemos, as vezes, nem nos damos conta de como deixamos a vida nos escapar entre os dedos…
Isso é que é loucura! A vida é muito mais…
Como dizia Chaplin:
“A vida é muito pra ser insignificante…”
Concordo com você Humberto.
Também prefiro a loucura…
Grande Abraço…
Luciano.
Renata Feldman says
Que bom que você se identificou, Humberto! Por mais paradoxal que isso possa parecer, há muita lucidez na loucura!
Abraço!
Renata Feldman says
Bela citação do nosso querido Chaplin, Luciano! Loucura é fazer tudo igual todo dia e deixar a vida nos escapar…
Abraço!
Humberto says
Obrigado Luciano. Grande abraço para você também.
PC says
Adoro.
Meus meninos têm ódio quando eu faço alguma coisa que mereça deles a pergunta:
– Por que você fez isto?
Invariavelmente, minha resposta é:
– Porque eu quiz, é pouco?
E eles ficam com ódinho…
Renata Feldman says
Ah, esse querer move a gente, PC!…
Diga pros meninos “tirarem esse ódio do coração”!
Beijos
Paulinho Legal says
Gostei deste post. É assim que acredito, azar o que as pessoas pensam o importante é ter coragem de ser feliz. Como não existe o certo e o errado com poucas coisas podemos ter um norte. Se acreditar no amor, na alegria e que os sonhos e a alma não envelhece, dá prá ser feliz em qualquer parte do mundo. Um dia vou fazer esta loucura e ir embora de encontro ao meu sonho. Por enquanto só estou sonhando, refletindo e me preparando.
Um abraço e felicidades!
Vick says
Ameiiiiiiiiiiiiiiii esse post. Será por quê?
Renata Feldman says
É isso aí, Paulinho!… Sem os sonhos não vamos a lugar nenhum.
Abração!
Renata Feldman says
Ele é a sua cara, Vick!
Beijos