Sei não. Acho que não estou bem. Devo ter batido com a cabeça no chão.
Resolvi acatar a ideia – a princípio maluca, visionária, quase fictícia – de dar pro Léo um presente que eu jamais pensei em dar: um cachorro.
Exato. Desses que latem, mordem “de brincadeirinha” (espero), fazem xixi e cocô no tapete, roem os marcos das portas e te amam incondicionalmente. (Já viu esse filme antes?)
Foi tanta insistência, tanta súplica, tanta chantagem emocional e declaração de amor que eu não resisti. Abri o coração e antes que ele feche já estou comprando, com a super ajuda da minha querida irmã veterinária, os acessórios – caminha, osso, bolinhas e o tal do tapetinho mágico que é o lugar certo para ele fazer suas necessidades. (Viva a tecnologia, a perseverança e a psicologia. Que Deus me ajude.)
Meu dilema é se compro ou adoto, mas estou mais para a segunda opção. Gesto nobre, responsabilidade social e uma gratidão pro resto da vida. Au auuuuuuuuuuuuu.
No mínimo, acho que vai ser uma experiência interessante. Estou adorando a ideia de que dar um cachorrinho pro Léo vai provocar nele um senso maior de responsabilidade. É o que tenho dito:
– Léo, Léo… Pra cuidar de um cachorro você tem que aprender a cuidar primeiro de você. E isso vale para escovar os dentes (inclusive o do bichinho, diariamente), tomar banho, guardar seu tênis no armário e não deixar as peças de lego espalhadas pelo chão. (Caso contrário, você perde o cachorro e o foguetinho de lego. E aí seu melhor amigo vai pro espaço.)
Ok, ok, me convenci. O coração amoleceu e eu já me apeguei ao bichinho antes mesmo dele chegar. Bendita afetividade e amor pelos filhos. O duro foi convencer o Dé, que não estava nem querendo cogitar a ideia, a “cãoprar” a ideia. Mas afinal de contas são 3 contra 1, e eu prometi a ele que seria um preto e branco, atleticano na raça.
O problema agora vai ser me livrar das minhocas. Isso mesmo o que você leu. Mi-nho-cas. Acho que estou com um miniveterinário precoce em casa. Cê acredita que o Léo trouxe pra casa, lá da horta da escola, uma embalagem de margarina cheia de terra com seis minhocas se enroscando lá dentro? E com um furinho pra elas respirarem, onde eu quase meti meu dedo? (…) Blarghhhhh. O danadinho chegou com a cara mais lavada do mundo, apresentando pra Pat, nossa ajudante, suas “minhocas de estimação”. E queria porque queria deixá-las no quarto, ao lado do aquário. (Ia ser uma festa pro peixe.) Ela que não deixou. E ontem, uma semana depois, fui descobrir as minhocas lá na área.
Blarghhhh de novo. Sou mais o cachorro.
E se você é da mesma opinião, divida aqui comigo sua experiência. Todas as dicas do mundo são muito bem-vindas para essa dona de cachorro de primeiríssima viagem.
Au-mém.
PC says
Ciça já levou morcego achado na rua pra petshop.
– Pode tratar que papai paga!
De lá pra cá, passaram-se mais de 20 anos e nossa vida já se iluminou com o Bright, com a Donda, com a Cuinã, com a Tora, com a Nera. Hoje, no Meu Sítio, a gente tem o Miro, o Fidel e agora o Brutus. Em casa, o Bright Neto.
Quando morre, a gente morre, jura que nunca mais.
Mas a capacidade da gente se enternecer por causa deles é infindável.
Léo, cuida dele direito que vai ser a melhor coisa da vida de vocês.
Renata Feldman says
Ah, meu Deus, morcego de estimação é demais, PC!…
Isso é que é time de feras, amanhã mesmo vou mostrar seu comentário pro ferinha daqui.
Beijo!
Anonymous says
Oi (“fessora”) Renata! Acredite, você não poderia ter tido uma idéia melhor!
Crianças e cães são, de longe, as melhores coisas que Deus fez!
Para o Léo será sim uma grande oportunidade de amadurecimento, além de momentos de folga em que os dois estarão entretidos bagunçando a casa toda juntos…rs
Para a família, é mais uma criança. E é sábio aquele que disse que uma criança sempre alegra o lar e une uma família.
Claro que vão existir necessidades fisiologicas fora do lugar adequado, móveis levemente marcados e choros na madrugada.
(tradução: cocô debaixo da mesa, xixi no tapete, uma perna de cadeira sem recuperação e os vizinhos reclameando…rs)
Mas basta um tempinho de adaptação e treinamento para que isso passe.
Porém, a alegria e o amor que estes bichinhos oferem pra gente não tem fim.
Quem disse que só amor de mãe é incondicional, nunca teve um cachorro.
Afinal, como diz um post recente no Facebook: “Eles podem destruir seus sapatos, seu jardim, seus móveis; mas nunca seu coração”.
Fernanda Isabella B. Chamone
Renata Feldman says
Fernanda querida,
Seu comentário só me motiva ainda mais a “cãoprar” essa ideia deliciosa e totalmente nova para mim!
Obrigada pelo apoio!
Beijos carinhosos,
“Fessora” (que delícia ouvir isso!…)
Cíntia says
Olá Renata (saudades da minha ex professora super fofa da Estácio).
Seu blog é muito legal, seus textos são doces e divertidos. Adorei!
Que ótima sua idéia de adotar um cão! É um gesto muito nobre. Eu e o Tiago (meu marido) temos 3 cães (Nala,Coti e Sherlock) e são todos adotados. E digo, são a alegria da casa, sem eles nossa vida não seria tão legal o quanto é!
Além de fazer bem para os pequeninos, faz bem também para os adultos. Te contar algo, tenho colegas que melhoraram o estado de saúde após ter um cão em casa (casos de depressão e de fisioterapia). Minhas sobrinhas amam meus cães, se divertem muito quando vão em minha casa.
E realmente, eles transbordam amor e alegria, são seres puros!
Renata Feldman says
Querida Cíntia,
Fico muito feliz e animada com o seu comentário!
Concordo com você – e tenho visto isso na minha prática do consultório – o quanto um cachorro pode ser terapêutico e essencial na vida de uma pessoa, o que dizer de uma família inteira.
Estou mesmo decidida a adotar, essa foi a opinião unânime!
Obrigada pela visita, volte sempre!
Beijos carinhosos,
Moema says
Re, adorei seus receios quanto ao novo membro da família! Ahaha… Vc irá se apaixonar por ele. Bjos
Renata Feldman says
Agora é tarde, Moema. Já me apaixonei…
Beijos carinhosos!
Mariana says
Eu amo a meu cachorro e ele é parte da minha vida. Sinto que é uma pessoa e não um animal.
Vai comigo a todas partes, e quando recebo um delivery em moema baixa comigo a recebe-lo.
Renata Feldman says
Sei como é, Mariana… Tenho uma irmã veterinária e “mãe” de dois cachorros que ama esses bichinhos mais do que gente!…
Obrigada pela visita, volte sempre!