
Rotina
“Um, dois, feijão com arroz.” Fez onde, esse curso de robô? Roubou seu tempo, economizou conversa jogada fora, suas estrelas deixou de contar. Toca o despertador. Começa o noticiário. Árido o dia que termina assim. Tão no automático. No imediático, se é que existe palavra assim. Brinca de parar o tempo, menino. Tanta coisa pra fazer, alma trancada no sótão. Sai da catatonia, fura a monotonia como surfista quebrando onda. Vai morrer de amor mas não morre na praia. Sai do padrão, fa