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Últimas Publicações

PerdasVida

Perdas

Ninguém acorda um dia sonhando em perder algo ou alguém. “- Meu Deus, me ajuda a perder muitos amigos hoje.” “- Muito dinheiro.” “- O amor da minha vida.” “- Minhas fotos, meus planos, minha casa.” “- Meus pais, minha paz, meu chão.” “- Muitos pontos em matemática, me ajuda a perder. “- Aquele namorado que eu custei a arrumar.” “- Meu emprego de vinte anos.” “- Minha lucidez, minha liberdade, minha energia, me ensina a perder.” Não. Perder é verbo derradeiro, doído, sofrid

15 de nov. de 2016Ler mais →
Pelos cotovelosVida

Pelos cotovelos

Fala sem parar, por falar, se esqueceu (?) de sentir. Frio? Abandono? Medo? Tristeza? Alegria? Sentimento ainda não descoberto, não nomeado? Coração tomou anestesia, paralisado de taquicardia, amordaçado ficou, relógio parou. Insônia. Fala do tempo, do vizinho, do político, do padeiro, da labuta. Fala da certeza que não tem, do ônibus que não vem, do trampo e do santo, dos milagres tão escassos. Em falta. “Calor danado, precisando chover.” Distância doída, cansou  de sofrer. Sob

27 de out. de 2016Ler mais →
Eternos recomeçosTrabalho

Eternos recomeços

Quarta é dia de aula. Vou pra “minha” FUMEC feliz da vida, me encontrar com uma das turmas mais adoráveis que já tive na vida: a turma do NEETI (Núcleo de Estudos Escola da Terceira Idade). Este semestre a minha disciplina é “Emoção em Prosa e Verso”, você pode imaginar o quanto “me divirto”. Carlos Drummond de Andrade, Cora Coralina, Adélia Prado, Rubem Alves, Lya Luft, Cecília Meireles são alguns dos nossos convidados de honra. Colocamo-nos diante deles, olhos iluminados e alma emudecida,

5 de out. de 2016Ler mais →
Para o dia começar bemVida

Para o dia começar bem

Acordo cedo, um pouco antes do despertador. O dia bem começa e o relógio já quer conversar comigo, autoritariamente me ditar ordens. Fecho os olhos, respiro do jeito que a ioga me ensinou,  escuto uma sinfonia de de bem-te-vis  na janela. Voo junto com eles e deixo pra trás meu notebook mental de última geração,  o botão de power já ligado e a tela de descanso tomada por uma lista de afazeres, descanso mesmo só lá pelo item 59. Inspiro profundamente e de longe espio suas luzes se acenderem

20 de set. de 2016Ler mais →
LembreteVida

Lembrete

  Só pra lembrar: * crianças crescem rápido. * abraços encurtam distâncias. * beijos  provocam uma revolução. * mudanças fazem parte. * pedestres têm preferência. * filhos pedem limite. * preces iluminam o dia. * luto é pra ser vivido. * raízes florescem. * desencontros acontecem. * você não é perfeito(a). * amigos pra sempre não se perdem com o tempo. * um ciclo se fecha pra outro se abrir. (Feliz Ano Novo, em pleno setembro, cheio de pôr-do-sol virando poema na sua varanda.

31 de ago. de 2016Ler mais →
O melhor de mimAutoestima

O melhor de mim

As Olimpíadas se despedem, deixando pra nós suas medalhas, batalhas, abraços, percalços. Volto ao dia da abertura: luzes, efeitos, cores, coreografias, músicas e – pra completar (pra brilhar os olhos e paralisar todos os músculos faciais) – os passos majestosos da nossa garota de Ipanema, “poetizando seu balançado e fazendo o mundo inteirinho se encher de graça”. Não sei você, mas dentro de mim percebi transmutar sentimentos de descrença, receio e vergonha em orgulho. É como se, naquele i

21 de ago. de 2016Ler mais →
Onde Vander Lee possa me ouvirVida

Onde Vander Lee possa me ouvir

Te conheci há alguns anos, na piscina, e chorei de emoção. A aula de hidroginástica chegara ao fim e a professora colocou uma música sua para tocar. Fazer o alongamento ouvindo “Onde Deus possa me ouvir” foi como fazer uma prece, presente pra alma depois que o corpo (missão cumprida!), já sorria agradecido. Cheguei ao consultório com a sua música na cabeça e no coração, querendo dividir com o mundo cada palavra sua. Num intervalo entre um atendimento e outro, fiz um café, entrei no facebo

7 de ago. de 2016Ler mais →
Você e o tempoVida

Você e o tempo

Andam caçando pokémons por aí. Esbarrando em quinas, esquinas, miragens, vertigens. De caçador a caça num clique, hipnose hightech, a aventura está só começando. E aí você me diz que prefere catar flores, conchas, amores. Que o seu tempo é muito escasso pra ir pro espaço, em busca de monstrinhos coloridos. Cada um sabe o que faz do seu tempo. O mesmo ponteiro que corre no seu relógio corre aqui no meu. Um pôr do sol é sempre um pôr do sol, independente de quem o contemple. Os bancos de pr

26 de jul. de 2016Ler mais →
Espelho, espelho meuAutoestima

Espelho, espelho meu

Fechou a janela, tomou ar, foi se olhar no espelho. Vidro trincado, nudez revelada, algo se quebrara dentro dela. Não se reconheceu ali, parada, ensimesmada, sem saber o que pensar a seu próprio respeito. Chorou. Derramou sua dor sem música ou silêncio, sem maquiagem ou coragem, apenas chorou. Até embaçar o vidro. “Espelho, espelho meu”, nem sequer te sinto como meu. Não me aproprio de mim mesma, muito menos de você, pare logo com essa mania de me plagiar. Tudo o que ela queria era se

15 de jul. de 2016Ler mais →
"Como eu era antes de você"Autoestima

"Como eu era antes de você"

A gente corre de um lado pro outro, faz um milhão de coisas, sai da academia e continua fazendo ginástica, corre mais um pouco, cria asas, voa, respira, pausa, poesia, continua, corre atrás, vira artista de Circo de Soleil sem saber. Mexe o corpo, cuida da alma, atravessa a rua, a dor, os sete mares. E aí um dia, distraído que estava falando ao celular, agenciando com certeza uma reunião muito importante, inadiavelmente importante, você é pego de supresa por uma moto que vinha costurando o

30 de jun. de 2016Ler mais →
Flor de féVida

Flor de fé

Outono morreu. Primavera ainda não é. O sol já foi, nem se despediu. Faz frio lá fora. Neva aqui dentro. Torrente de sentimento, campanha do agasalho, arrecadação de amor. Um passo pra frente e um abraço bem quente, por favor. Quando tudo parecer ausência, abismo, aridez,   pega um tanto de terra. Pega com Deus, rega com lágrima e intento, planta flor de fé que dá.

23 de jun. de 2016Ler mais →
"Quer namorar comigo?"Amor

"Quer namorar comigo?"

Sou do tempo do bilhete dobrado às pressas, quando o coração se fazia ouvir mais que qualquer explicação de álgebra ou geografia. Do tempo em que as meninas trocavam papel de carta, trocavam olhares, contavam seus segredos a uma folha de papel. “Querido diário, hoje eu senti de perto o perfume do Thiago. Quero sentir de novo. E de novo. E de novo, cruze os dedos.” Não muito longe daqui, os meninos tiravam as meninas pra dançar. Música lenta, rosto colado (meu pai foi me buscar numa festin

18 de jun. de 2016Ler mais →