Este post foi “encomendado”pela minha querida amiga Vanice Guedes, às voltas com algumas reflexões sobre o apego.
Convite: volte alguns anos no tempo e busque visualizar o momento do seu nascimento. Você não vai se lembrar, mas é certo que chorou quando saiu da barriga da sua mãe. O corte do cordão umbilical representou a pimeira grande separação da sua vida.
De lá pra cá vieram outras perdas: a mamadeira, o bico, as fraldas, os dentes de leite. Provavelmente você também mudou de escola, de casa, de namorado e emprego.
E hoje pode estar às voltas com velhos papéis, velhos hábitos, gavetas lotadas, relações que precisam ser cortadas.
Desapegar dói. Às vezes cura. Mas não deixa de ser um processo de mudança e, como toda mudança, traz dor, crescimento e um frio enorme na barriga.
Comecei falando de nascimento e é inevitável que termine falando na morte. Nesse corte pungente que rasga a alma (isso quando não leva um pedaço grande dela) e sangra até causar hemorragia.
Perder uma pessoa querida, principalmente quando a perda é abrupta, tira o chão da gente. E aí não há filosofia no mundo que compreenda o grande vazio visceral que fica.
Há de chorar. Há de viver o luto. Há de aprender a desapegar da voz, do encontro, do colo e de tudo que é de carne e osso. Mas também há de sobre-viver – viver sobre essa dor aguda que não para de doer.
Convite: volte alguns anos no tempo e busque visualizar o momento do seu nascimento. Você não vai se lembrar, mas é certo que chorou quando saiu da barriga da sua mãe. O corte do cordão umbilical representou a pimeira grande separação da sua vida.
De lá pra cá vieram outras perdas: a mamadeira, o bico, as fraldas, os dentes de leite. Provavelmente você também mudou de escola, de casa, de namorado e emprego.
E hoje pode estar às voltas com velhos papéis, velhos hábitos, gavetas lotadas, relações que precisam ser cortadas.
Desapegar dói. Às vezes cura. Mas não deixa de ser um processo de mudança e, como toda mudança, traz dor, crescimento e um frio enorme na barriga.
Comecei falando de nascimento e é inevitável que termine falando na morte. Nesse corte pungente que rasga a alma (isso quando não leva um pedaço grande dela) e sangra até causar hemorragia.
Perder uma pessoa querida, principalmente quando a perda é abrupta, tira o chão da gente. E aí não há filosofia no mundo que compreenda o grande vazio visceral que fica.
Há de chorar. Há de viver o luto. Há de aprender a desapegar da voz, do encontro, do colo e de tudo que é de carne e osso. Mas também há de sobre-viver – viver sobre essa dor aguda que não para de doer.
Anonymous says
Ehh amiga, o desapego é necessário, inevitável e pode ser dolorido ou não. Esforço-me para sublimar a dor, que como você disse, rasga a alma, de um jeito que quando remenda, deixa marcas.
Minha busca não é nem pelo desapego pela morte (que confesso, me assusta muito), mas pela vida. O desapego nos liberta também e deixa livres aqueles que nos apegamos demais…os filhos, os amores, a família…
Valeu pelas sábias palavras, fiz uma retrospectiva ao ir lendo, e é isso aí, vamos nos apegando e desapegando ao longo da vida, se parei de mamar, puxa!!! Vai ser moleza deixar outras coisas pra trás.
Beijo grande
fly in says
Oi Renatinha querida! Amando seu blog! E esse texto? Uau…
Quando a gente amadurece pensa que já cortou todos os cordões umbilicais, vem a vida e mostra quanto estamos presos a eles de alguma forma.
Beijinhos e saudade.
Renata Feldman says
Vanice querida,
Interessante a sua reflexão pelo desapego relacionado à vida… Ele realmente liberta, não só quem sente o apego mas também o objeto desse apego – filhos, amores, famílias, como você disse.
Acho que precisamos adquirir um estado meio zen, tirar os pés do chão e deixar voar os nossos sentimentos de posse, controle, insegurança, medo. O amor é livre, presente, transcendente.
Beijo grande.
Renata Feldman says
Querido(a) fly in,
Fico feliz pelo seu feedback, obrigada!
É isso mesmo, amadurecer (por mais bonito que seja este processo) não implica necessariamente cortar todos os cordões umbilicais.
Eu, por exemplo, criei com este blog um tipo de “cordão umbilical virtual”!… É muito bom colocar as minhas idéias no papel e compartilhá-las com o mundo.
A propósito, quem é você?
Um grande abraço!
fly in says
Quem sou eu??? Ando me perguntando o mesmo, estou em reconstrução..rs
Mas já falamos por aqui, sua amiga paulista sumida que curte muito sua família toda, mesmo quem ainda não conheci…
Beijos da Marly
(desculpe, esquecí de assinar no outro post)
Renata Feldman says
Marly querida,
Que surpresa boa!!!! Quer dizer que você é a “famosa” Fly in?
Muito sugestivo o “pseudônimo”… A gente precisa mesmo cortar o cordão, largar o casulo e ganhar asas, mesmo que fique por um tempo em “reconstrução”!…
Amei saber que é você, viu?
Continue pousando por aqui!
Muitas saudades!…
Maria Bárbara says
Sim, são vários cordões umbilicais que vamos cortando pela vida afora… alguns desejados; outros impostos. E a gente vai vivendo melhor (com) ou “sobre-vivendo” (apesar de).
Renata Feldman says
É, Bárbara… “Dona Vida” não brinca mesmo em serviço. O melhor que a gente faz é aprender com ela. Cortando um cordão aqui, outro ali… Vivendo e sobrevivendo, como você bem disse.
Abraço, querida.