Em um de meus encontros mensais com o Grupo Bem Viver, do Olympico Clube, cujo tema era “Viver o Morrer”, propus o seguinte exercício: “Pense no seu epitáfio. (…) O que você gostaria de ver escrito nele?”
A princípio a proposta soa fúnebre, “prosa ruim”, mas logo estavam todas aquelas simpáticas senhoras compenetradas sobre o papel, pensando na morte e – como não poderia deixar de ser – na vida.
Por mais que tenhamos dificuldade em viver a morte, ela é a grande e inexorável certeza da nossa vida. Daí o convite a vivermos o melhor que pudermos cada dia, cada segundo, como se ele fosse realmente o último.
E, se a morte aparecer de surpresa, levando embora alguém querido, que tenhamos força, força, força e serenidade para não morrermos junto.
E, se a morte aparecer de surpresa, levando embora alguém querido, que tenhamos força, força, força e serenidade para não morrermos junto.
Diante de uma perda, a vida nos convoca a sobreviver – a despeito de toda dor, incompreensão e desmoronamento.
Ana Cristina says
Ei Renata
As vezes fico pensando, será que a dor da morte tem tamanho?
Será que a dor de perder um pai é maior do que a de perder uma mãe?
A dor de perder um filho é maior que a de perder um pai e uma mãe juntos? Ou dor de morte é igual quando a pessoa é querida e a amamos demais?
Será que vamos ficando calejados com as perdas da vida?
Tantas perguntas e poucas respostas.
C’est La Vie.
Bê Sant Anna says
Se fosse hoje, acho que escolheria a seguinte estrofe do discurso de formatura que fiz em poesia de cordel pra colocar sobre meu túmulo:
“Se o movimento for fim, então aprendemos a andar…”
Bê ijos!
mas eu quero mesmo é ser cremado… 😉
Renata Feldman says
Querida Ana Cristina,
Acho que, independente da sitação ou do ente querido, a morte é sempre uma dor SEM MEDIDA. Ou, como diria o Léo quando quer descrever algo muito grande, uma dor do tamanho do infinito..
Renata Feldman says
Maravilhoso, Bê! Você é poeta até morrer!…
Sabe que eu tinha essa dúvida? Sobre ser enterrado ou cremado? Já pensei na sua opção, mas voltei atrás e hoje acho que o enterro traz a concretude da lápide, do epitáfio, de quem fui e quando fui… Fico com esta opção.
Dafne L. says
A música “Epitáfio” dos Titãs é perfeita para o meu epitáfio.
Renata Feldman says
Bela escolha, Dafne!… Essa música é um presente para os ouvidos e para o coração!…
Beijos