Um dia ela me confessou, muito timidamente:
– Às vezes eu penso em mudar de sexo. Deixar de ser mulher. (…)
Mas nada de ser homem também. Esquece.
Meu sonho de consumo é me transformar em máquina. De preferência uma bem grande, linda, de plasma ou LCD. (Plasma não, de plasma basta eu tentando inutilmente aparecer.)
O que eu queria mesmo era me banhar de todos os brilhos, cores, amores. Imagens em movimento, tão aceleradas quanto os filmes do 007. É isso. A partir de hoje meu nome é “Bond. James Bond”.
Quero ter voz. (E que a minha voz seja ouvida no talo.)Quero ver ele não olhar pra mim agora. Cheia de astúcia, sedução, armas de última geração.
“Bond. James Bond.”
E quando ele cansar desse filme é só me apontar o controle. Gol de placa, golaço, grito de adrenalina no último minuto do segundo tempo.
É zero a zero e ele insiste em olhar pra mim. Vidrado, louco, completamente apaixonado.
Se não capotar no sofá depois disso, é certo que vai pra cama comigo.
Muito prazer, eu sou a tal.
Sem concorrência. Sensacional. Inteiramente digital.
Andre Lemos says
Fantástico !!! eu quero essa mulher para mim para sempre!!!
Renata Feldman says
Tem Fantástico também, todo domingo!… (Rssssss)
Anonymous says
Vc tem uma clinica ? Queria conversar com uma psicologa mas não conheço nenhuma aqui em Bh, e te vi esses dias no MGTV e gostei muito da sua entrevista. 😀
Renata Feldman says
Tenho sim, Anônimo(a). Se quiser, me envie um e-mail (rfeldman@itevip.com.br) com o seu nome e telefone que entro em contato com você.
Um abraço!
Anonymous says
Ei, Rê, quero publicar um livro seu! Saudades, amiga. Cris
Renata Feldman says
Uai, amiga, quem sabe?
Seu desejo é uma ordem!…
Muita saudade também, que bom te ver por aqui!
Beijos carinhosos,