Começaram cedo aqueles dois. Compartilhando histórias, cadernos, lápis, risadas, apontador. Descobrindo mapas, espaços, sístoles, diástoles, revoluções. Resolvendo problemas de matemática e recitando poemas de Vinícius de Moraes,
essas coisas tão distintas que a vida se encarrega de juntar.
Diego na fileira do canto, Marina na carteira ao lado.
– Presente!
– Presente!
Na energia inconfundível dos seus onze anos, também presentes se faziam no recreio, na quadra, na cantina, no pique-esconde, nas festinhas de aniversário.
Abram o dicionário e lá está ela, impecável:
“afinidade: s.f. conformidade, aproximação, relação, simpatia: afinidade de gostos, de caracteres; afinidade entre a música e a poesia.”
Simples de explicar essa amizade que nasceu espontânea, faceira, inteira. (Quem é que não tem um grande amigo pra lembrar?)
Música e poesia, ainda não inventaram conceito melhor de completude.
Diego e Marina, ainda não inventaram idílio tão bonito. E verídico, diga-se de passagem, mas com os nomes trocados, me autorizaram contar por aqui.
Aguarde o próximo post.
Anonymous says
Estava curiosa para ler essa história de amor! Amei a delicadeza e sutileza na escolha das palavras. Beijos da sua cunhadinha!
Renata Feldman says
Obrigada, cunhadinha! (Qual delas?!)
Beijos carinhosos!
PC says
Maldade conosco esta coisa de contar a história em capitulos. Agora fico eu aqui, me roendo pra ver o dia que eles vão se encontrar, o primeiro beijo, essas coisas…
Renata Feldman says
Maldade boa, PC!…
Vá trabalhando sua ansiedade enquanto isso!…
Abração!
Walkiria Silva says
Amei!!!
Renata Feldman says
Que bom, Walkiria querida! Beijos com saudade!