Tenho uma cunhada que é especialíssima em tudo o que faz. Especialíssima no sentido de especial e também especialista em várias coisas, se é que a língua portuguesa me permite fazer a casadinha.
Margaret (carinhosamente chamada de Lelete, Lelesse) é a primeira filha de cinco o que significa que, além de irmã mais velha, é também a mãezona de todos. Sempre derramando afeto, sempre preocupada com que tudo saia bem, sempre esmerada em fazer com que cada programa de férias seja o melhor, faça chuva ou faça sol.
Você precisa ver a salada que ela faz. O bobó de camarão que ela faz. A peixada que ela faz. O pudim de leite condensado que ela faz. O drama que ela faz quando você troca um prato dela pelo restaurante. (Você precisa ver a braveza da Lelete.)
Quando não está de férias, seu esmero é com o trabalho. Fisioterapeuta de mão cheia, é especialista em cuidar das dores, nódulos, desvios de gente que costuma carregar o mundo nas costas.
Acostumada que está a cuidar, tornou-se desde sempre a cuidadora-mor da família. A que dá notícias, providencia médicos, pensa e antecipa soluções. E quando junta tudo isso com afeto, amor e preocupação, o resultado é, muitas vezes, um certo exagero já conhecido pelo restante da família. Com uma boa dose de humor e leveza, os irmãos brincam acerca do drama que muitas vezes vem daí.
Outro dia ela ligou lá pra casa na maior preocupação e falou com o meu marido:
– Mamãe não está bem. Passou mal a noite toda. Tossindo, corpo ruim, febre. Acho que é pneumonia. Médico, exame de sangue, raio-x, ressonância magnética, hospital. Acho que vai precisar ser internada.
Quando ele desliga, pergunto o que houve.
A resposta cabe numa frase:
– Mamãe vai gripar.
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Carolina says
Excelente ideia, adorei.
Também tenho cunhadas prá lá de especiais. Que dia é mesmo o dia da cunhada?
Preciso começar a deixar a data marcada.
Carolina
Renata Feldman says
Pode considerar a data do post, Carolina. 6 de janeiro ou todos os dias do ano, se quiser. Sempre é tempo de render às cunhadas especiais nossa homenagem. Além da Lelete, tenho outras quatro – Solange, Sandra, Rosiane e Marcele – que enchem meu coração de ternura e alegria.
Obrigada pela visita, volte sempre!
Abraço