Cresci ouvindo isso da minha mãe: “primeiro a obrigação, depois a devoção”.
Aprendi direitinho, tintim por tintim, letra por letra.
Tinha também a outra versão de rima: “primeiro o dever, depois o lazer”.
Ah, mães. Hoje sei bem o que é isso, conheço bem essa toada, e tento passar pros meus filhos de tudo quanto é jeito. Tá impregnado, tá na pele, tá virando quase um mantra: obrigação, ão… ão… ão… ão…
Só que ao invés de relaxar, põe é pilha. Claro. “Um dois, feijão com arroz.” Bora bora, vamos aproveitar o tempo, cuidar do que é prioridade para aproveitar depois a felicidade do tempo livre. (E quem disse que tempo ocupado não é felicidade? Ô, se é.)
Olha eu aqui, burlando a regrinha básica que a minha mãe me ensinou. Enquanto você passeia pelo blog, tem uma pilha de livros pra eu ler e artigos pra escrever. Obrigação da pesada, estou até parecendo o coelho da Alice no País das Maravilhas: “É tarde! É tarde, é tarde, é tarde!”
E eu, mistura de coelho e gente, quase estou ouvindo a minha orientadora dizer : “primeiro a obrigação, depois…”
(Ela é que não sabe o tanto que essa devoção aqui
me enche de inspiração.)
Fui. “É tarde, é tarde, é tarde!”.
Vick says
É, coelha… a grande arte da vida é conseguir transformar a obrigação em devoção. Nisso vc anda fera. Mtos beijos
Alice Paiva says
Adorei seu texto!Me encaixei direitinho nele!E eu sou a verdadeira Alice!!!
Renata Feldman says
Devo ter aprendido com uma amiga cheia de graça e sabedoria, Vick!…
Beijos carinhosos!
Renata Feldman says
Que coisa boa, Alice!… No País da Correria, da Imaginação e das Maravilhas, a gente se encontra e só aumenta de tamanho!…
Beijos carinhosos!…
Jean Piter says
Há tempos eu só tenho uma regra em minha vida que é: Eu faço as regras e mudo-as quando me for conveniente!
Estou contigo. O ótimo encontrar prazer naquilo que nos ocupa.
Grande abraço.
Renata Feldman says
Num mundo de tantas regras a serem aprendidas e colocadas em prática, é muito bom quando a gente pode criar as próprias regras, Jean Piter!…
Abraço,