“Enrolados” é mais um filme da Disney liberado para maiores de 18 anos. Versão moderninha do clássico Rapunzel, a animação nos convida a pensar em questões que não são prerrogativa dos contos de fadas.
No filme, uma bruxa prende a princesa no alto de uma torre dizendo que a ama demais. Que o mundo lá fora é muito perigoso, cheio de bandidos, animais selvagens, homens malvados. A nariguda cumpre direitinho o papel de mãe superprotetora, aprisionando a sonhadora princesa com as suas preocupações excessivas.
Às mães que vestiram a carapuça, ainda está em tempo de tirar. Tirar de cabeça o medo exagerado, a preocupação neurótica, a proteção paranóica. Filho precisa de liberdade, mãe. Até mesmo para cair, machucar, levantar e cair de novo se preciso for. É assim que os pequenos crescem fortes e sadios, algo assim bem parecido com um slogan de achocolatado. É assim que viram gente grande, mãe.
Mas não precisa ser mãe pra prender numa torre, quase dentro de uma bolha. Saindo da maternidade pra relação a dois, homem-mulher, não é difícil encontrar bruxos e bruxas que adoram aprisionar seus parceiros, transformando-os em propriedade, tesouro com certificado de garantia, posse que vale ouro. Ciúmes dali, condições acolá e o relacionamento vira um verdadeiro inferno.
“Rapunzel, jogue suas tranças.” Pelo amor de Deus, Rapunzel. Rápido. Vai conhecer a liberdade, o chão, a aventura, o amor de verdade. Vai.
Anonymous says
Já existe o ditado filho agente cria para o mundo,mesmo assim dá aquele friozinho na barriga e a preocupação sempre está presente ao pensar na segurança dos nossos filhotes.
Renata Feldman says
Venho com uma de minhas frases favoritas, Anônimo: Filho é alegria e preocupação para a vida toda!… Friozinho na barriga e preocupação fazem parte. A superproteção é que aprisiona.
Ana says
Oi Renata!
No caso da proteção materna excessiva, vemos que acontece o efeito inverso ao que as mães planejam. Os “filhotes” acabam crescendo sem coragem para lidar com as dificuldades da vida… Desse modo, por não terem entrado em contato suficiente com o mundo, os filhos acabam tendo mais medos e se sentindo menos seguros, o que é natural perante ao que é desconhecido por eles.
Um beijo
Renata Feldman says
É, Ana… O tiro acaba saindo pela culatra…
Beijo!
Bê Sant Anna says
adoro tranças…
Renata Feldman says
Então é o candidato perfeito pra salvar a prisioneira, Bê!…
Vick says
Lembrei de um texto que falava sobre a diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. Nunca esqueci essa expressão… beijos
Renata Feldman says
Ótima lembrança, Vick!… A alma precisa de liberdade para viver em sintonia com o corpo e a mente!…
Beijos carinhosos!