Antes mesmo de eu nascer, a música já fazia parte da minha vida. As primeiras contrações da minha mãe começaram em um concerto de Chopin, tendo meus avós maternos como testemunhas dessa emoção. Foi o meu jeito de aplaudir, de pedir pra nascer.
Fui estudar piano, influenciada pela lembrança da minha querida avó Bella. Conheci o amor através das sonatas de Schumann. Chorei com “Jesus alegria dos homens”. Embalei os meus filhos com a poesia de Mozart.
Troquei o piano por esse teclado aqui. Minha professora virou cunhada, madrinha, fada-madrinha.
Semana passada fui assisti-la em um concerto comemorativo dos 200 anos de Chopin e Schumann. Dessa vez não pedi pra nascer. Agradeci por viver, por presentear minha alma com o piano de Rosiane Lemos e o violoncelo de Kayami Satomi. Eu que amo a escuta desde sempre, me emocionei com o diálogo harmonioso, tocante desses dois instrumentos, desses dois talentos. Escutei o amor – esse amor que é falado, compartilhado, melodiosamente suplicado.
Até se casar com ela, Schumann viveu por Clara um amor proibido – declarado nas suas cartas e na composição das Cenas Infantis. Os nomes dados a estas pequenas peças traduzem um muito dessa história de amor: “Jogo da cabra-cega”, “Desejo de criança”, “Completamente feliz”, “Grande acontecimento”, “Quase demasiado sério”, “O poeta fala”.
Sim, meu caro Schumann. O poeta fala, ama, sofre, canta e encanta. A gente escuta e por vezes responde.
Ivna says
Que lindo, Rê! Lindo, lindo, lindo!!!
Não sei se vc se lembra, uma vez fomos a um concerto de piano no Minas 1 e tinha uma cantora de ópera também? E nós duas, no auge dos nossos 15 anos, tivemos vários ataques de riso durante a apresentação da cantora? Tudo era motivo de gargalhada, kkk!
E cá estou eu, à espera de Clara! 39 semanas agora…
Beijos, com saudades sempre!
Renata Feldman says
É claro que lembro, amiga! Quem estava arrasando no piano era a Rosiane! E o “moço bonito” que entregou a ela um buquê de rosas no final, lembra?
Também estou aqui na torcida para conhecer a sua Clara! Enquanto ela não vem, vá ouvindo bastante música clássica! E prepare um estoque pra quando ela chegar em casa, viu?
Beijos carinhosos
Anonymous says
Minha querida cunhada,
Que linda homenagem! Fico imensamente honrada por ter sido escolhida por você e principalmente por fazer parte de momentos tão significativos da sua vida. Os dias que passei com você, o Dé e seus filhos nesse final de férias foi uma alegria imensa. O dia que resolvi fazer arroz doce para você, a Bella foi a única que não quis dormir e logo foi me dizendo: Tia Rosi, eu quero ver você fazendo arroz doce!!! Coloquei ela sentadinha sob a pia da cozinha e passei horas encantadoras ouvindo a vozinha dela cantando canções para mim e me perguntando ao mesmo tempo os ingredientes da receita. Foi muuuuuito lindo!
Amo todos vocês do fundo do meu coração!
Tia Rosi.
Renata Feldman says
Tia pianista, fada-madrinha e ainda por cima prendada na cozinha! Precisa mais?
Ana says
Renata, olha que coincidência! A Rosiane foi professora de piano da minha prima Daniela. Já assisti várias audições e vi a Rosiane tocar. Sem dúvida, é o talento em pessoa!
Um beijo,
Ana.
PC says
A gente sempre escuta, Rê.
É esta capacidade de escutar (e por isto amar) que faz a gente feliz.
Beijo
PC
Renata Feldman says
Ana querida,
Mais uma coincidência pra nossa listinha!!!
Aliás, eu diria que não existem coincidências, mas “Deusidências”…
Beijos carinhosos
Renata Feldman says
Não é por acaso que temos dois ouvidos, PC! Pra amar muuuuuuuuuuuito!…
Abração!
Andre says
Nossa, tenho como padrinhos de casamento Chopin e Schumann. Isso não é para qq um nao viu!!! Rosiane foi nosa madrinha de casamento e uma das pessoas mais importantes da nossa história de amor, sempre com fundo musical.
Os livros especializados dizem que nos tempos atuais um profisisonal dedicado encontra sua maturidade entre 40 e 50 anos e é nesse intervalo que transpita sua maior força de trabalho. Sinto que a Rosiane está na sua ascendente mais importante da carreira. Acelere menina!!!
Anonymous says
Meu Deus do Céu! Duas homenagens assim tão lindas eu não dou conta.
Dezinho, eu te amo demais….meu irmão sensível e refinado, é uma alegria saber que você e a Ré compartilham comigo o amor pela música clássica.
Meu coração inteiro para vocês.
Rosiane.
Renata Feldman says
Padrinhos imortais, já pensou, Dé?
Renata Feldman says
Gente, alguém tem uma caixa de lenço aí?