Não é à toa que depressão termina com ÃO – palavra no aumentativo, grande o suficiente para aumentar a dor, a tristeza, a vontade de não levantar da cama.
Se você colocar um N na frente do ÃO, vira NÃO: não ao riso, não ao amor, não ao trabalho, não aos amigos, não à vida.
A boa notícia é que além do não tem o SIM: sim ao sol, à rua, à cura e à transformação. Sim senhor.
Juliana says
Querida Renata,
Para mim, dizer não à depressão é dizer sim para: “contar histórias”, fazer balé, trabalhar com aquilo que amo e amar sim, muito, o meu marido! E apesar dos pesares, viver a vida. Mesmo com todas as vírgulas, interrogações e exclamações. Mesmo com tantos “tios” nas palavras que terminam com ão e que tentam pesar a nossa vida.
Assim, como disse Clarice Lispector: “Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero uma verdade inventada.” E isso não se trata de viver alheio à realidade e sim buscar sentido naquilo que realmente importa para mim e não naquilo que importa para a sociedade.
Beijos, Juliana.
Renata Feldman says
Querida Juliana,
Linda a sua contribuição, e a de Clarice Lispector também!…
Se cada um buscar a sua verdade, o seu sentido naquilo que realmente vale a pena, acho que teremos mais “sims” do que “nãos”…
Beijos