Meu caro Freud, Sinto muito, muitíssimo, mas infelizmente não poderei comparecer à nossa próxima sessão. Sua Viena é linda (acho que posso dizer "nossa", a mesma terra por onde nasceu e andou minha tataravó materna), já me sinto pertencente e com enorme dificuldade de ir embora. Mas, você … [Ler mais ...]
Pelos cotovelos
Fala sem parar, por falar, se esqueceu (?) de sentir. Frio? Abandono? Medo? Tristeza? Alegria? Sentimento ainda não descoberto, não nomeado? Coração tomou anestesia, paralisado de taquicardia, amordaçado ficou, relógio parou. Insônia. Fala do tempo, do vizinho, do político, do padeiro, da … [Ler mais ...]
“Festa estranha, com gente esquisita”
Imagine que você está em uma festa. Várias bandejas circulam pelo salão e a todo momento uma diversidade de iguarias é oferecida a você. Canapé ao funghi, casquinha de siri, carpaccio de abobrinha, crocante de frango com gergelim, só para citar alguns pequenos momentos de grande felicidade. E como … [Ler mais ...]
5 Anos
Há cinco anos a gente se encontra, conversa, conecta, troca um dedo de prosa e poesia. Respira fundo e chora, ri, pensa, sente, sonha, realiza, eterniza o que há para ser guardado. Há cinco anos a gente faz das palavras terapia, da terapia alegria, da alegria razão de viver. Obrigada por … [Ler mais ...]
O dia em que a terapeuta chorou. Ou: emoção de uma crônica autorizada
Toda quinta ela anunciava sua chegada com uma batida inconfundível na porta: toc-toc, toc-toc, toc-toc. Chegava carregada de luz, cansaço, pasta executiva, esperança, celular já no jeito para plugar no tomada e vontade de mudar o mundo - o seu mundo. Queria emagrecer, queria engravidar, queria … [Ler mais ...]