Vivemos tempos pós-modernos, cheios de "ades": individualidades, efemeridades, "automaticidades", "celularidades". (Já inventaram até aplicativo pra você ver como vai ficar em avançada idade, está "bombando" por aí.) Neologismos à parte, às vezes almoço sozinha e a experiência acaba sendo um … [Ler mais ...]
Idílio Parte III
Ah, Bordeaux. Lagos, flores, castelos, vinhedos, pôr do sol rosado. Só faltava uma coisa para essa linda cidade ficar completa: Diego. Algo estava definitivamente fora do lugar: Marina na França, o namorado no Brasil, um oceano inteiro de saudade entre os dois. Ah, como doía. Os emails eram … [Ler mais ...]
Fim
E aí alguém que você amava muito já não está mais aqui. De carne e osso. De vento em popa. De braços abertos para um abraço, um café, um sorriso largo. E aí você gruda na falta, feito Super Bonder. Que de super não tem nada. Cola dor, lágrima, cola o pé no asfalto quente, cheio de cacos de vidro. 50 … [Ler mais ...]
Perolices profissionais
Para as crianças, profissão é um assunto que não costuma causar muita polêmica. A boa e velha frase "O que você vai ser quando crescer?" traz algumas respostas na ponta da língua. A Bella, por exemplo, já decidiu que vai ser psicóloga, escritora, cozinheira e professora. O Léo quer ser engenheiro … [Ler mais ...]
Falta
A história você já conhece: a gente nasce, cresce, envelhece e morre um dia. (Não necessariamente nesta ordem.) Mas o tal do morrer assusta, por mais "natural" que seja. É que o "natural" também passa pelo forte impacto do factual, da concretude da perda, do fim mais finito. Quem parte vai … [Ler mais ...]
Quarentena
Onde foi mesmo que eu parei? Por onde mesmo andei? Nem sei se andei, ou voei. Tentando capturar o tempo, abraçar o vento, florescer poesia na aridez das teorias, terminologias, metodologias, "uis" e "ias". E como escrevia. Lia, relia, respirava fundo. Doía. Depois de tantos mergulhos no "eu", … [Ler mais ...]
Coisas da idade
Entro no elevador junto de uma simpática senhora de cabelos brancos, se queixando (sem lamúrias ou lamentações, mas com um largo sorriso no rosto) das suas "cadeiras". Reforço: - Ah, hoje em dia tá todo mundo "descadeirado"!... (Risos.) - Ah, não, minha filha, você ainda está muito nova... Já … [Ler mais ...]