Tem certas memórias que a gente apagaria se pudesse. "Uma pílula da amnésia, nada mal", ouço com frequência no consultório. Mas outras, ah!... Que bom que o nosso cérebro tem dois lobos temporais, um direito e outro esquerdo, e em cada um deles uma estrutura preciosa chamada hipocampo. É lá, nesse … [Ler mais ...]
Da porta pra fora.
Algumas pessoas costumam estranhar. "Duas portas?" Sim, e com revestimento acústico, para que nada que se fale aqui dentro seja ouvido lá fora. Nem por uma mosca, costumo dizer. Sim, segredo é sagrado. Basta uma pequena mudança de vogal para expressar a dimensão que é se assentar diante de alguém … [Ler mais ...]
Banalizanão
Não, você não leu errado. Nem eu cometi alguma falha de digitação por aqui. A troca da cedilha por n traz de imediato um apelo, um "acorda", uma recusa à banalização que tenho visto acontecer de tantas maneiras por essa vida afora. Coisas preciosas têm entrado no rol da banalização: amor, sexo, … [Ler mais ...]
Dor de filho
Esse texto seria para o Dia das Mães, mas a mãe que o escreve chegou atrasada por aqui. O rascunho guardado na gaveta deu o ar da graça hoje, lembrando que alguns assuntos prescindem de datas comemorativas. São atemporais. Filhos não vêm com manual, você certamente já ouviu esse clichê. Mães … [Ler mais ...]
Elton John me tocou
Eu nunca fui muito fã de Elton John, confesso. Nenhuma paixão, nada contra também. Já tive a oportunidade de ir a um show dele, não fui. Também não assisti a "Rocket Man" no cinema quando o filme estreou há três anos atrás. (O do Queen, Bohemian Rhapsody, lançado um ano antes, não só assisti como … [Ler mais ...]
Guerra e paz
Arrume suas coisas. Rápido. Apenas o essencial. Deixe seus pertences pra trás. Travesseiros, xícaras, plantas, livros, porta-retratos, fins de tarde, fim de uma vida inteira. Leve com você urgente - corra! - seus amores, suas dores, sua esperança de que um dia haja uma volta pra casa. Haja … [Ler mais ...]
“A filha perdida”
Sim, a maternidade pode não ser nada cor-de-rosa. Nada de "bebê Johnson", mãe coruja, nada de paraíso. Muito de padecer. Despedaçar-se. Nada de flores. Tudo de dores. Muitas. As mais diversas. As mais profundas. Vi um pouco disso no meu mestrado, quando fui pesquisar "As várias faces da mãe … [Ler mais ...]